A Importância da Educação Infantil
para o Amplo Desenvolvimento da Criança
Autor: Aline Alencar S. Moura, Roziane dos Santos Gonçalves e Valéria
Assunção Lima
Data: 26/12/2011 |
RESUMO:
Este artigo pretende analisar a importância da
Educação Infantil para o amplo desenvolvimento da criança, considerando o
verdadeiro papel da escola no processo educativo. Para tanto realizou-se um
estudo bibliográfico de caráter qualitativo, fundamentado em Áries (1981),
Freud (1973), Piaget (1974), Antunes (2004) e Hermida (2007); com o objetivo
de esclarecer e discutir como deve ser o trabalho na Educação Infantil, de
maneira que possibilite a criança desenvolver-se plenamente.
INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como objetivo refletir
sobre a importância da educação escolar para o desenvolvimento da criança,
considerando que a Educação Infantil é uma etapa relevante na medida em que
proporciona na criança desenvolver-se integralmente em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social.
Dessa forma, fez-se um estudo bibliográfico
buscando analisar qual a contribuição da escola para o processo de formação
da criança, pois esta necessita de orientação adequada de maneira que
possibilite uma aprendizagem saudável e significativa. Sendo assim, cabe ao
educador interagir com as crianças, orientar sua aprendizagem, bem como
atendê-las de forma adequada, respeitando sua forma de ser e agir no mundo.
Desse modo, segundo Vygotsky (1989, p.148 apud HERMIDA, 2007, p.285)
as experiências e as trocas afetivas são fonte de
desenvolvimento. É através da experiência social mediada pelo outro, nas
diversas situações de convívio social da qual participa, que a criança
aprende parte significativa das ações e conhecimentos necessários para sua
inserção no mundo.
Nesse sentido, é fundamental que o educador
oportunize experiências estimuladoras que possibilitem a criança construir
seu próprio conhecimento, considerando suas características e diferenças
étnicas, religiosas, econômicas e todas as suas necessidades específicas.
Portanto, compete ao ensino infantil considerar que as crianças são
diferentes entre si, implicando assim em uma educação baseada em condições de
aprendizagem que as respeitem como pessoas singulares.
Sabe-se que fora da escola os alunos não têm as
mesmas oportunidades de acesso ao conhecimento. Nessa perspectiva,
baseando-se em estudos de Áries (1981) busca-se refletir sobre a importância
da Educação Infantil para a progressão da infância; em Freud (1973) e Piaget
(1974) para a compreensão das fases do desenvolvimento infantil, as quais
devem ser levadas em consideração; e ainda Antunes (2004) e Hermida (2007)
para o entendimento de como deve ser o espaço ideal para que a criança
alcance os objetivos que dela se esperam.
A INFÂNCIA E A EDUCAÇÃO INFANTIL
O período que se estende da gestação até os seis
anos de idade é considerado o mais importante para o desenvolvimento da
criança, pois é nessa fase que a criança estabelecerá suas conexões com o
mundo, corroborando esta afirmativa Antunes (2006, p. 9) declara que a
criança "precisa desenvolver-se plenamente nos aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, por meio de uma educação bem estruturada
que atenda as necessidades da criança", porém essa relevância não foi
sempre considerada ou mesmo conhecida, pois durante muito tempo a criança não
era reconhecida como um ser que precisava de cuidados e educação específicos
para a sua faixa etária e para cada fase do seu desenvolvimento.
Até o período da Idade Média a criança era vista
como um adulto em miniatura, um ser que precisava ser treinado para suas
atividades quando alcançasse a idade mínima para tal. Até mesmo suas roupas
eram semelhantes às roupas dos adultos, e como destaca Ariès (1981, p.32),
"a diferenciação das vestes objetivava apenas manter visíveis os degraus
da hierarquia social". A presença da criança nas obras de arte, ao serem
retratados nos momentos familiares, junto a outros adultos, brincando ou
presente nas cenas da crucificação, segundo Ariès (1981, p.21) sugere duas
ideias:
primeiro a de que, na vida cotidiana as crianças
estavam misturadas com os adultos, e toda reunião para o trabalho, o passeio
ou o jogo reunia crianças e adultos; segundo, a idéia de que os pintores
gostavam especialmente de representar a criança por sua graça ou por seu
pitoresco.
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